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Bienal e Afins


Geeeennnteeee, estão preparados para o evento mais esperado do ano???

Como é de costume, no final de cada ano ocorre o evento do livro, no qual nomeamos Bienal, que ocorre cada ano em um lugar. Ano passado foi a vez de São Paulo e agora do Rio De Janeiro!!!

Para muitos, que vão a todas Bienais, isso não tem muita importância, mas existem pessoas que ficam esperando ansiosas por esse “congresso” dos leitores. 

Definição da palavra congresso: ''Um congresso é uma reunião de pessoas com interesses em comum, que visa tratar de determinados assuntos, comunicar trabalhos, apresentar ou trocar ideias''

Preciso falar mais alguma coisa??? Enquanto médicos, dentistas, professores e outros profissionais vão para discutir e aprimorar seus conhecimentos sobre a sua área, nós vamos para conhecer novos escritores, novos livros, lançamentos e para comprar nossos ''equipamentos''

Sabendo disso, você aí que acha uma bobagem a Bienal, pode rever seus conceitos...

De importância irreparável, muitas e muitas pessoas se preparam ano a ano para ir nesse mundo de letras. E você não pode perder, né?

Eu estarei lá no dia 31/08/2013 o dia todo. Farei de tudo para tirar bastante fotos e postar aqui na volta e, claro, vou fazer um vídeo e uma postagem mostrando os livros comprados e as aventuras vivenciadas. 

Para mais informações sobre local, preço de entrada, visitação e exposições- editoras, programação e autores- clique aqui

Eu estou aqui esperando ansioso e espero que você também. Se você também vai, comente aí em baixo




Caio Gomes de Freitas

Voltando...




Depois de muitos meses sem postar absolutamente NADA, eu estou voltando.
Bom, primeiro eu tenho que explicar o motivo do desaparecimento...
Como sempre falo no canal do YouTube e falei por muitas vezes aqui, é muito difícil conciliar os compromissos escolares com os da vida pessoal, e quando falo em vida pessoal, falo em leitura.... Mas vocês não podem negar que não posto nada no canal. 
Sempre consigo fazer um vídeo com o pouco de livros que leio, mas toda semana tem um novo lá...
Com muita cara-de-pau, eu sei, estou voltando para cá e dessa vez para ficar. Toda semana postarei uma resenha escrita sobre o livro acabei de ler. Esse será meu compromisso. No entanto, os vídeos continuarão normais... Postagem semanalmente no YouTube.

Espero que me perdoem por tal sumiço, mas tive meus motivos...

Caio Gomes de Freitas
*Imagem: Domínio público

O Diário de um Banana 7 - Segurando vela


Olá, pessoal!!!

Antes de fazer essa resenha, gostaria de comunicar o motivo do meu sumiço. Fiquei fora do ar durante mais de duas semanas, mas tenho explicações.
Durante esse período, tive muitos problemas dentre eles pessoais, de saúde e também de falta de tempo para postar resenhas e fazer vídeos-resenha. Porém essa semana voltei com tudo e farei o possível para não abandonar o blog. :)
O Diário de um Banana 7 foi um livro que li na semana em que o Jeff Kinney veio ao Brasil para autografá-lo. Para quem não sabe, foi um final de semana (Conhecido como Dia da Toalha) em que o escritor veio, principalmente, à São Paulo e ao Rio de Janeiro. Foi nessa época que li o livro, mas não tive tempo de resenhá-lo.

Título: O Diário de um Banana - Segurando vela     
Editora: V & R
Autor: Jeff Kinney
Páginas: 224
Média de preço: R$ 34,90 

Minha resenha:

Como em todos os livros da série O Diário de um Banana o protagonista Greg narra um pouco sobre sua vida e os acontecimentos que nela perpetuam, ou seja, desastres e episódios super engraçados. 
Cada obra retrata um momento e um tema central que Greg narra em primeira pessoa. Nesse novo livro as aventuras serão outras. Tudo começa quando ocorrem as primeiras preparações para o baile do Dia dos namorados.
Greg não possui um par e não sabe quem chamar. A narrativa discorre em torno da necessidade e da procura do protagonista por uma menina para ir ao baile. Só que como se trata do Banana, sabemos que isso não acontecerá de uma forma normal. 
Há uma mistura de trapalhadas, aventuras e episódios que fazem com que o leitor morra de rir. 
O que continua me impressionando muito é como o autor consegue manter a verossimilhança em suas obras e como elas se intercalam. E tudo isso sem perder o humor. Incrível!
Em relação às características físicas do livro tudo continua a mesma coisa: mesma fonte, bastantes imagens e tirinhas.
Li e gostei bastante. Espero que também aproveitem. :) 
Em breve resenha em vídeo
 


O Resgate do Tigre

Olá, pessoal
Estou voltando hoje aqui para fazer resenha de um livro que li semana passada.
OBS.: Já existe vídeo sobre esse livro no Canal. :)

Título: O Resgate do Tigre
Editora: Arqueiro
Autor: Colleen Houck
Páginas: 432
Média de Preço: R$ 29,90

Sinopse: 

Fé. Confiança. Desejo. Até onde você iria para libertar a pessoa amada? Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d´água mortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca - dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren -, a dupla improvável começa a questionar o destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em ''O resgate do Tigre'', a aguardada sequência de ''A maldição do Tigre'', os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.

Minha resenha:

Bom, como vocês sabem, minha opinião sobre o primeiro livro dessa série não foi muito satisfatória. Decepcionei-me muito com o decorrer da história e com as atitudes da protagonista, Kelsey. Todavia, revolvi dar uma segunda chance para Colleen e comprei o segundo livro para ler e realmente, me surpreendi.
Atenção: Essa resenha possui spoilers do primeiro livro.
Como foi mostrado na primeira obra o enredo está relacionado à personagem principal e seu tigre, Ren e a maldição que discorre sobre ele e seu irmão. Apaixonada pelo o Ren tigre e homem ela vai o ajudar a conseguir sua liberdade novamente, descobrindo pistas, armas, profecias e quebrando feitiços. 
No segundo livro, porém, ocorre uma avalanche em sua vida. Depois do episódio com os macacos demoníacos e bichos sobrenaturais, além de Deuses e muito perigo, ela volta para sua terra e retoma sua vida ''normal''.
No entanto, não é isso que ela irá ter. Novas pistas foram descobertas e ela precisa voltar à Índia para cumpri-las. E nesse meio tempo, Ren corre um grande perigo; sua vida está em risco e ela precisa fazer alguma coisa. Como ainda temos o outro lado da história, Kelsey também sofrerá com os problemas do seu coração e sentimentos. 
Dessa vez a narrativa fluiu muito mais. A escrita da autora estava mais gotosa e li o livro em poucos dias. Ainda podemos sentir o gostinho dos assuntos contemporâneos relacionados ao mundo de Kelsey. Tudo funciona como Kelsey sendo uma verdadeira americana do mundo atual.
Ao mesmo tempo, ainda há a presença dos toques culturais da Índia, deixando-nos ainda mais perto desse grande e misterioso país.
Leitura super recomendada. :)




Sexo na cabeça


Olá, pessoal!
Voltei para fazer mais uma resenha de um livro que reúne um conjunto de crônicas sobre os assuntos mais polêmicos e picantes.

Título: Sexo na Cabeça
Editora: Objetiva
Autor: Luis Fernando Verissimo
Páginas: 144
Média de preço: R$ 36,90

Sinopse:

Pode ser no quarto, no banheiro, no escritório, no elevador, na cozinha, na piscina ou, dependendo da imaginação do leitor, em locais menos óbvios e mais excitantes. Sim, estamos falando sobre sexo... SEXO NA CABEÇA, uma seleção das melhores histórias de Luis Fernando Verissimo sobre o assunto que mobiliza - e esquenta - multidões.
Verissimo, um dos cronistas mais sagazes da intimidade brasileira, mostra nesse livro, que, para se pensar ''naquilo'', não há hora nem lugar - aliás, para se fazer, também não. Como um voyer da nossa vida privada, ele nos revela os fetiches que alimentam as grandes paixões, o delicioso jogo da sedução, os sussurros açucarados - e ridículos - dos recém-apaixonados.

Minha Resenha:

Bom, para falar a verdade, essa sinopse já diz tudo sobre o livro e ainda um pouco mais. Como essa é a minha primeira resenha sobre um livro de crônicas peço um desconto. kkk
Essa incrível obra de Verissimo resgata um pouco da intimidade do povo brasileiro - aliás - do povo mundial envolvendo sexo, claro. Todas as cônicas mostram um pouco sobre bobagens, realidades e papéis ridículos que todo o mundo apronta.
Posso considerar essa obra como uma leitura de diversão, que explora não só o mundo sexual de cada um como também o humor.
Como já viram, o livro é bastante pequeno e com crônicas super rápidas para serem lidas em qualquer lugar.
Espero que gostem da leitura. :) Indicado e aprovado. 



Outras obras do autor: 



A Moreninha


Olá, pessoal!  
Hoje vim aqui para mais uma resenha sobre um livro importantíssimo para nossa cultura brasileira!

Título: A Moreninha
Editora: Moderna
Autor: Joaquim Manuel de Macedo
Páginas: 252
Média de preço: R$ 12,90
Sinopse:
Como se manter fiel ao juramento de amor feito no passado, diante de uma nova e ardosa paixão? É o que se pergunta Augusto ao conhecer Carolina, a Moreninha. Esta divertida história de amor retrata com perspicácia a sociedade do Rio de Janeiro do Segundo Reinado.

Minha Resenha:
Para quem não sabe a obra A Moreninha foi uma das primeiras obras escritas no período literário conhecido como Romantismo. 

O Romantismo surgiu logo após o movimento de independência do país em 1822. Até aquele momento toda a cultura brasileira era motivada; influenciada pelos costumes, hábitos e tradições europeias. Isso quer dizer que ainda não possuíamos uma cultura única; singular. Quando o Brasil se separou de Portugal houve a necessidade da criação e exposição de uma cultura plenamente brasileira; nossa, que mostrasse nossos próprios costumes e tradições.
A caracterização nas artes estava sempre relacionada com a idealização (retirando o pensamento racional das coisas). Tudo era idealizado, perfeito, perfeito e sem problemas. Outras características são a subjetividade, sentimentalismo e o individualismo.
A obra, da qual estou fazendo resenha pertence ao segundo momento do Romantismo, conhecido como mal do século. É nesse meio que percebemos a presença do sofrimento amoroso, do amor não correspondido, da idealização da mulher, do amor e da morte.
Tudo isso é retratado desse livro de Joaquim Manuel de Macedo de forma perfeita, com um pouco de humor, romance, drama e acontecimentos surpreendentes.
O enredo se baseia numa aposta que o protagonista, Augusto, faz como seus amigos de que não iria se apaixonar nem ''ficar'' com nenhuma mulher durante sua viajem à ilha onde um de seus amigos possui uma casa. Todos vão para lá com o objetivo de festejar e aproveitar o período de recesso dos estudos, mas muitas coisas estão para acontecer e surpreende o leitor. Além de Augusto temos a presença de Carolina, a Moreninha, que nos acompanha durante todo o romance.
A partir do período em que foi retratada, a obra relata um pouco sobre a sociedade do Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado.

O livro possui uma velocidade impressionante e, por ser bem pequeno, é uma leitura super rápida.



Minha Avaliação: 5,0








Crônicas #2 - Clarice Lispector - O primeiro beijo


Olá, pessoal!
Voltei hoje para lançar a segunda crônica no blog escrita pela Clarice Lispector. Dessa vez resolvi postar uma que gosto muito. Espero que gostem!
O PRIMEIRO BEIJO

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:

- Sim, já beijei antes uma mulher.

- Quem era ela? perguntou com dor.

Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.

E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.

Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.

Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.

Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...

Ele se tornara homem.

Clarice Lispector - A felicidade clandestina


 
Suporte : Otávio Freitas Teixeira
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